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A agricultura é uma das indústrias mais relevantes e tradicionais do mundo. Ela está passando por várias transformações ao abarcar tecnologia em seu modo de trabalho, além de enfrentar uma série de desafios para o desenvolvimento sustentável dos negócios e do planeta.
Paulo Vinicius, Consultor Sênior de recrutamento para o agronegócio na Michael Page, comenta:
A demanda por alimentos tem aumentado, assim como a busca por mais eficiência, com o mínimo possível de recursos e impactos. Nos últimos anos, temos visto o surgimento de muitas AgTechs com soluções de transformação digital para enfrentar esse desafio.
Stephano Dedini, Diretor do PageGroup responsável pela operação do escritório de Campinas, em São Paulo, explica:
O insumo do agro é a natureza. Depende do tempo, do solo e outras condições que não estão no controle do homem. É na complexidade do agro que entram as AgTechs. Elas ajudam a dar previsibilidade para o aspecto climatológico, na análise do solo, capacidade de fornecimento, eficiência da produção, gestão de estoque, preço de negociação das commodities, distribuição… É ter a capacidade de fazer a leitura de eventos futuros para ganhar mais previsibilidade, fazer melhores investimentos e ter mais eficiência.
O futuro do agronegócio não depende só da balança comercial de exportação, do câmbio e dos preços das commodities, mas também das relações internacionais e da imagem ambiental do Brasil para o mercado externo. As preocupações dos países importadores e dos investidores sobre os impactos ambientais, as políticas sociais e as questões de governança corporativa (ESG) fazem com que o agronegócio trace novas estratégias. Parte delas podem ser solucionadas pelas AgTechs.
Imagine, por exemplo, um trator guiado por GPS capaz de aproveitar rotas de cultivo melhores, com mais eficiência do uso de combustível através do controle de um software. Ou drones que pulverizam lavouras onde um trator não consegue chegar. Na pecuária high-tech, criam-se animais em alta escala com baixo impacto ambiental ao monitorar todo o ciclo da criação. Softwares de agropecuária de precisão já conseguem prever a diminuição do uso de água e agrotóxicos.
Paulo Vinicius acrescenta:
As AgTechs podem oferecer rastreabilidade de insumos - de onde vem, como foi tratado e distribuído, melhorando toda a cadeia produtiva.
Em outras palavras, é ter certeza que o bloco de papel do escritório não é de madeira de desmatamento, saber o que foi usado para produzir o alimento que está na prateleira do supermercado, tudo isso gera segurança e credibilidade ao setor.
Stephano Dedini complementa:
Para haver transformação tecnológica é preciso investimento financeiro. O Brasil tem vocação natural para o agro. Os bancos e fundos de investimento olham para esse potencial. É o universo financeiro conectado ao aporte das novas tecnologias em uma conexão cidade-campo, levando o acesso ao crédito até a ponta do pequeno produtor. É um ambiente rico de fusões e aquisições, debêntures e IPOs para fomentar o agro.
O Vale do Piracicaba já vem sendo apontado como a capital do agro por reunir empresas, centros de desenvolvimento científico, incubadoras de novas startups e instituições de ensino, como o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada e a Escola Superior de Agricultura, ambos da USP. Por ser um setor em crescimento, a classificação de atuação das startups é atualizada constantemente:
Agropecuária de precisão com softwares de gestão e análises de dados;
Biotecnologia com biomateriais e insumos biológicos, genética e bioenergia;
Automação e robotização de máquinas agrícolas, drones e visão computacional;
Marketplaces de equipamentos, insumos e produção farm to consumer;
Midstream technologies para rastreabilidade, segurança, logística e transporte;
Novas culturas agrícolas e agricultura urbana;
Stephano Dedini destaca:
As AgTechs em alta são: 1- associadas à lavoura, gestão autônoma de máquinas agrícolas e eficiência operacional, 2- marketplaces e 3- sistemas integradores com logística para monitorar o estoque da revenda e guiar a produção, por exemplo.
O agronegócio é um dos setores mais importantes para a economia brasileira, responsável por cerca de 20% do PIB e 18 milhões de pessoas empregadas que vivem da exportação de produtos.
Stephano Dedini explica:
O intercâmbio regional de profissionais é muito forte. Temos incubadoras e lavouras no centrooeste, sul e interior de SP. O corporativo fica em São Paulo capital. Não há mão-de-obra qualificada suficiente para atender toda a demanda porque o mercado está aquecido. Temos visto cada vez mais movimentações de profissionais de outros setores pra suprir essa demanda.
Procuram-se profissionais com formação técnica do campo com conhecimento em tecnologia para fazer interface com outras áreas. Paulo Vinicius acrescenta:
Como tudo evolui muito rápido, buscamos cada vez mais candidatos que estejam dispostos a trabalhar com algo que não se prepararam.
Dedini ainda explica:
O profissional técnico, que conhece do produto, tem interface com o profissional de tecnologia. Depois, o profissional de vendas vai levar a solução nova para o produtor no campo, traduzindo os benefícios de longo prazo numa atuação consultiva. É preciso entender a dor do produtor, que não está acostumado com uma solução tão sofisticada. Quem participa também é o profissional de finanças, que fala com investidores para a captação de crédito. Ou seja, uma equipe de AgTech é composta do fundador e bons profissionais de vendas, finanças, relação com investidores e desenvolvedores.
O agro está demandando habilidades que outros setores já possuem. Paulo complementa:
Setores de logística e consumo aportam inteligência de distribuição, por exemplo. A troca de gerações no campo também abre mais espaço para as soluções de tecnologia. O filho do produtor já foi criado nos dois ambientes”, comenta Dedini. “Os profissionais mais procurados têm um perfil disruptivo, aberto à inovação e resilientes. Apareceu uma nova tecnologia, é hora de traduzir para o campo e acompanhar, porque as soluções levam tempo para ver resultado.
Conhecida como o “Google do Agro”, a Indigo é uma AgTech criada em 2014 nos EUA, que chegou ao Brasil em 2019 para oferecer soluções para a lavoura dos produtores, toda a cadeia de produção para os parceiros, consumidores e o futuro do planeta.
Dario Maffei, CEO LATAM da Indigo, o maior unicórnio do agronegócio, conta:
A Indigo foi pensada para ser uma empresa grande, isso faz com que a gente procure grandes talentos também. Eles devem ter paixão e visão para executarem o trabalho em uma startup. Isso não é para todo mundo. Já tivemos casos de pessoas muito bem sucedidas no mercado tradicional que não deram certo. Aprendemos que é preciso diversidade de pensamento para ser inovador. Resiliência para conviver com a frustração, porque muitas vezes as coisas não saem como o planejado. Curiosidade para aprender e descobrir algo novo sempre. Sentimento de time, porque sozinhos não fazemos nada nem como pessoa, empresa ou indústria. Temos um onboarding longo na Indigo para que o profissional possa fazer a mesma pergunta para vários executivos e receber respostas diferentes. Como o nível de mudança do mercado é muito alto e rápido, estamos sempre em formação e isso se reflete no nosso portfólio de talentos.
Tecnologia: desenvolvedores em geral;
Vendas: do vendedor ao gerente regional, territorial e desenvolvedor de negócios;
Corporativo: finanças, captação de recursos, RH, governança corporativa e desenvolvimento organizacional;
Posições com remunerações compatíveis com o mercado e pacote de benefícios que incluem participação nas ações da empresa.