Na quinta-feira, 09 de abril de 2020, o PageGroup realizou o webinar “Page Connect - Os impactos do COVID-19 Pelo Mundo” com a presença dos nossos executivos brasileiros que trabalham nos escritórios do México, Estados Unidos, Austrália, França, Suíça, Holanda e Reino Unido.

“São executivos que foram formados na Page no Brasil e agora estão atuando em vários continentes ao redor do mundo. Nós também nos adaptamos muito para preservar nossa plataforma global e continuar apoiando candidatos e clientes nessa crise temporária. Quanto mais rápido tudo isso passar, mais rápido ajudamos a economia diretamente”, introduziu Gil Van Delft, Senior Managing Director do PageGroup no Brasil.

"Nosso principal objetivo no mercado de trabalho é encontrar uma oportunidade para cada pessoa, que cada candidato está atingindo o máximo das suas possibilidades. Certamente o modelo de gestão mudará pós-Covid. O home office reforçou ainda mais esse acordo de confiança entre equipes e gestores. Sem dúvida é uma transformação importante para o mercado”, disse Ricardo Basaglia, Managing Director Page Executive, Michael Page e Page Personnel em São Paulo, que conduziu o bate-papo com os executivos.

Os executivos apresentaram como estão as medidas em relação à pandemia na sociedade e os impactos no mercado de trabalho, economia e relações entre as pessoas até aquela data. Confira abaixo o resumo ou assista novamente a transmissão na íntegra.

O webinar completo está disponível no canal do PageGroup no YouTube.

MÉXICO

Há 5 anos, o México havia passado por um boom econômico com a criação de zonas industriais e muito crescimento. Há pouco mais de um ano, o país parou de crescer. “Mais de 50% da economia do México é informal sem vínculo empregatício. O ano passado já tinha sido complicado para a economia aqui no México e agora estamos passando pela crise do covid-19”, contou Ricardo Ribas, Diretor da Page Outsourcing na Cidade do México. O governo tardou para implantar medidas de proteção e a sociedade ainda não se encontra em isolamento. A economia foi mais afetada no último mês, especialmente o setor industrial que é o maior volume no México. “Quase todas as indústrias estão paradas, exceto aquelas que são essenciais para o governo. Construção e agronegócio também estão estagnados e o mercado de turismo, muito importante para a economia do México, foi totalmente impactado”, disse. Em compensação, os setores de varejo, saúde, bens de consumo e tecnologia despontaram e têm até mais posições abertas.

ESTADOS UNIDOS

“Aqui começou-se a agir tarde, quando o prejuízo já tinha acontecido”, contou Zuca Palladino, Executive Director na Page Executive em Houston. A população já está tomando as medidas de distanciamento e isolamento social. A área mais crítica tem sido Nova York pelo grande fluxo de pessoas vindas de todos os lugares e a concentração. Empresas que estavam preparadas com tecnologia estão conseguindo seguir adiante, mas abril é um mês crucial para entender o tamanho do impacto nos mercados. Algumas empresas reduziram seu quadro de funcionários de 20-30% e outras empresas optaram pelo congelamento de salários, que é uma alternativa trabalhista do governo americano. Antes da crise, os EUA estavam com sua menor taxa de desemprego da História, mas esperava-se algum tipo de recessão - nada comparado ao que está acontecendo. Grande parte da força de trabalho americana é informal com contratação por hora, por isso espera-se que a recuperação seja rápida.

AUSTRÁLIA

“A Austrália é um país que requer mão de obra qualificada, aberto à imigração com visto de trabalho, tendo a China como seu principal parceiro comercial”, explicou Ana Luíza Costa, Supply Chain & Logistics Senior Consultant na Michael Page em Sydney. O governo segurou o isolamento para não afetar a economia, estando cerca de 2 semanas atrasado nas medidas preventivas em comparação ao Brasil. Trabalhos temporários foram os primeiros a serem cortados, em compensação, houve a criação de novos empregos em função da crise. Os setores de alimentacão, saúde, atendimento ao cliente e governo seguem contratando. É esperado que, na retomada da crise, as empresas internalizem mais as atividades que eram dependentes de produção externa.

FRANÇA E MÔNACO

“São economias com crescimentos estáveis e disputa acirrada por profissionais no mercado de trabalho”, contou Luiz Seixlack, Senior Executive Manager Michael Page em Nice e Mônaco. O isolamento social é bem rigoroso com toque de recolher, já somando 4 semanas de reclusão. Houve um impacto muito grande no setor de turismo, porém tecnologia e banking seguem em alta com volume de contratações. O governo tomou medidas assistencialistas para os profissionais ficarem em casa sem trabalhar ganhando 85% dos salários. “Há um sentimento de engajamento e coletividade. Com a redução dos casos do covid-19 já se iniciam as projeções pós-crise, como a retomada das contratações para o setor de vendas”, disse.

HOLANDA

“Na Holanda, o mercado de trabalho por posições temporárias é muito forte e os profissionais têm carreira estabelecida dessa maneira”, explicou Karin Souza, Senior Executive Manager na Page Personnel em Amsterdã. Antes da crise, a taxa de desemprego era baixa em torno de 2,9% no país. A falta de mão-de-obra qualificada faz com que venham profissionais de outros países trabalhar na Holanda, em especial Amsterdã. “Para se ter uma ideia, a oferta de vagas em TI é de 10 por candidato. Um profissional fica no máximo 2 semanas entre um emprego e outro. Por isso os processos seletivos são muito rápido”, disse. O isolamento social já dura por 4 semanas com a Polícia fiscalizando aglomerações em grupo. O governo criou medidas para que as atividades permaneçam o mais normal possível, sem redução de carga horária de trabalho em home office. “Os países da União Europeia estão pedindo ajuda entre si e ainda é difícil dizer se a economia retomará como estava”, finalizou.

REINO UNIDO

“O mercado desacelerou desde a saída do Reino Unido da União Europeia, mas a taxa de desemprego era de apenas 3%”, contou Tim Hand, Regional Manager da Michael Page em Bristol. O governo soltou medidas para proteger empregos e os profissionais seguem trabalhando de maneira dinâmica em casa. As empresas estão recrutando online, especialmente para os setores de bens de consumo, logística e e-commerce por conta do isolamento social que aumentou a demanda. “Isso vai mudar os processos seletivos para os próximos anos, acelerando contratações por meio do online”, disse.

SUÍÇA

“Suíça é um país pequeno com quatro línguas oficiais, no meio da Europa, com grande influência de seus vizinhos Itália, Alemanha e França, com uma das rendas per capita mais altas do mundo”, explicou Luis Granato, Executive Manager em Zurique. Empresas dos setores de banking e saúde são grandes contratadores na Suíça. Há muitos laboratórios e centros de pesquisa trabalhando no desenvolvimento da vacina contra o covid-19. O efeito da crise no turismo e fronteiras fechadas também afetou o mercado das marcas de luxo, principalmente os turistas chineses. O país está em isolamento social com algumas regras, principalmente por se tratar de uma população idosa, mas é um pouco menos severo do que em outros países europeus, pois não há grandes cidades ou concentração de muitos habitantes. As empresas estão colocando suas equipes em casa com jornada reduzida e o governo está muito ativo, liberando medidas assistencialistas para casos de desemprego.

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